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"Players lose you games, not tactics. There's so much crap talked about tactics by people who barely know how to win at dominoes." - Brian Clough
A colagem (para quem se lembra) é óbvia. Foi capa de um jornal após a vitória de Vale e Azevedo nas eleições do Benfica.
Uso a colagem propositadamente. É mesmo Vale e Azevedo a personagem central e mais importante destas eleições no Benfica.
Confusos?
Hoje foi anunciada a Candidatura do Juiz Rui Rangel às eleições do Benfica. E a primeira reacção por parte do Presidente Luis Filipe Vieira é agitar o fantasma de Vale e Azevedo. Triste este Benfica...
É salutar em qualquer regime democrático que exista contradição, debate de ideias, diferentes visões e diferentes caminhos. Num mundo ideal, a democracia no seu pleno deveria servir para esclarecer e permitir que as pessoas (eleitores) escolhessem livremente através do seu voto a melhor ideia, o melhor projecto, o melhor caminho...
É nesse défice de democracia em que se encontra o Benfica.
Escutei com bastante atenção todas as palavras de lançamento da candidatura de Rui Rangel. Primeiro através de Ribeiro e Castro e depois do próprio Rui Rangel. Se o primeiro mostrou uma postura claramente de político, apelando à elevação da campanha, o segundo entrou claramente ao ataque e além de Luís Filipe Vieira mostrou que existe outro ódio de estimação por aquelas bandas: José Eduardo Moniz.
As principais palavras de Rui Rangel foram para atacar essas duas personalidades. Pelo meio prometeu uma mão cheia de nada. O habitual Benfica vencedor, um plantel com mais portugueses, ambição nas amadoras sendo que prometeu analisar os contratos com a Olivedesportos e (talvez a principal declaração) respondeu que iria segurar Jorge Jesus (pelo menos até final do contrato). Curiosamente nem um aplauso se ouviu na sala quando tal foi transmitido...
Os habituais lá estavam ao lado de Rangel. Os excluídos do Vieirismo e anteriores membros de direcções anteriores. Na primeira linha, nada de caras novas. E lá estava na plateia José Veiga.
Do outro lado, o principal trunfo de Vieira é o habitual: a obra feita nas infra-estruturas (depois do Estádio e do Centro de Estágio vem o Museu), o fantasma de Vale e Azevedo, a estabilidade do futebol (estabilidade leia-se 2º lugar estável) e pouco mais... Se analisarmos o tal "Mandato Desportivo" o saldo é francamente negativo...e preocupante.
Ou seja, neste momento o Benfica tem dois candidatos que nada de novo apresentam. Repito. Neste momento.
Isto beneficiará Vieira?
Em principio sim. Será fácil vencer estas eleições. Tem o apoio (dizem os seus apoiantes) da maioria das Casas do Benfica (que não percebo porque numa realidade de 300 mil sócios continuam a ter direitos especiais...) e de grande parte da massa associativa do Benfica que tem receio do fantasma de Vale e Azevedo. Se conseguir evitar ir a debate será ainda mais fácil...
E do lado de Rangel?
Tentou colar-se às claques, o que acho que foi um erro táctico que irá beneficiar o discurso de Vieira. Mas terá porventura uma forte margem de apoio em muita gente que se encontra desiludida com o "Vieirismo" e não terá receio de apostar num novo "cavalo". Ainda por cima rodeado de caras conhecidas. Conseguirá talvez vencer um debate com Vieira (se o conseguir) pois tem muito mais facilidade de discurso que o Presidente, mas mesmo assim irá precisar de muito mais para conseguir vencer umas eleições neste Benfica. E atenção que a popularidade de Vieira está em baixo...
Infelizmente acredito que o caminho que Rangel irá tomar será o de denegrir o seu opositor. Comigo pessoalmente não resultará. Mas acredito que para muita gente seja susceptível a esse tipo de discurso...E que consiga alguns votos assim.
Gostaria que estas duas semanas servissem para o Benfica mostrar que está vivo e que continua a ser um baluarte de tradições democráticas e de pluralismo de opinião. Coisas que nos últimos anos têm andado afastadas do Estádio da Luz (fazendo lembrar outras paragens)...
Não acredito que assim seja.
Infelizmente.
Finalmente, foi com muita tristeza que foi notada a ausência da apresentação da candidatura de Rui Rangel dos orgãos de comunicação do Benfica. Um pequeno grande exemplo de como vai o nosso Clube.
A última semana trouxe dois jogos importantes para o meu Porto e que, felizmente, resultaram em duas vitórias. Primeiro, para a Liga dos Campeões, contra o novo-rico PSG, e, depois, contra o antigo grande sporting (perdoem-me os sportinguistas, mas, a nível de resultados, o sporting não é merecedor do título de "grande").
Quarta-feira, à hora dos campeões, o Dragão recebeu o PSG de Ibrahimovic, Pastore, Thiago Silva, Lavezzi e companhia, para um jogo que punha frente-a-frente os dois grandes candidatos ao primeiro lugar do grupo. Para mim, o grande ponto de interesse prendia-se com a resposta da equipa perante o primeiro grande jogo sem Hulk que, até aqui, era o nosso grande desequilibrador e, não raras vezes, carregava a equipa às costas. Contudo, a equipa esteve à altura dos acontecimentos, não acusou a ausência do agora jogador do Zenit e venceu com toda a justiça um PSG que pouco arriscou, apesar de ter tido duas boas oportunidades para inaugurar o marcador, ainda na primeira parte. Já perto do final, James Rodriguez, que cada vez mais assume o papel de grande figura da equipa, decidiu o jogo com um golo revestido de classe pura. Agora, com seis pontos nas duas primeiras jornadas, o Porto tem tudo para seguir em frente para os oitavos-de-final da mais importante competição da UEFA. Seria ainda importante assegurar o primeiro lugar do grupo, o que nos daria mais hipóteses de evitar, logo na primeira ronda da fase a eliminar, um tubarão como Real Madrid ou Barcelona.
Quatro dias depois, numa hora estúpida (jogar num Domingo, às 20:45, obriga os adeptos que viajam de Lisboa - portistas ou sportinguistas - a chegarem a casa a poucas horas da hora do trabalho ou das aulas), Porto e sporting enfrentaram-se para um clássico, que, à partida, era quase consensualmente considerado desnivelado, já que um Porto moralizado por uma importante vitória europeia recebia um sporting destroçado por uma humilhante derrota perante um clube húngaro totalmente desconhecido, o que levou mesmo ao despedimento do seu treinador. Ora, o resultado foi um jogo fraco, já que, de um lado, tivemos um sporting muito faltoso e pouco disposto a contestar a vitória portista e um Porto algo displicente, talvez um pouco cansado e que jogou q.b. para derrotar o seu rival. No final do jogo, assistimos às habituais queixas e lamúrias em relação à arbitragem por parte dos jogadores e dirigentes de alvalade. Trata-se, como já se sabe, da velha táctica de sacudir a água do capote e responsabilizar os àrbitros por falhas e competências próprias. Por estas e por outras é que o sporting vai firme e confiante em direcção ao abismo, mas isso já são contas de outro rosário.
No rescaldo da semana que passou, e que foi muito positiva para nós, falta ainda destacar o bom ambiente que se viveu no Dragão em ambos os jogos. Apesar de as assistências terem ficado aquém do esperado (a crise, que se sente com especial incidência no Norte, não perdoa), o público azul e branco foi indefectível no apoio à sua equipa, ao mesmo tempo que criou um clima adverso para os seus opositores e de pressão para a arbitragem. Nos jogos da Liga dos Campeões, já é normal que o anfiteatro do Dragão se transcenda, mas, nos últimos anos, em jogos contra o sporting, assisti a uma certa acomodação dos adeptos portistas, que cada vez sentem de forma menos fervorosa esta rivalidade. Mas, desta vez, senti o público do Dragão mais motivado e mais disposto a empurrar a sua equipa para a vitória, o que só pode ser encarado como uma óptima notícia.
No papel dificilmente seria mais fácil. Depois da noite de gala da Liga dos Campeões frente à melhor equipa do Mundo, o programa de festas para este sábado era defrontar um dos últimos classificados da Liga…e na Luz.
Cheguei quase em cima da hora de jogo à Luz e cedo constatei o que esperava. O arredor do Estádio estava bastante vazio de público e se apontei para 30.000 pessoas no máximo, por pouco falhei: 28.305 espectadores. E muitos dos presentes usavam camuflado do Regimento de Comandos, convidados pelo Benfica festejando os seus 50 anos.
O onze do Benfica não mostrava grandes surpresas. O habitual quarteto defensivo (desde a ausência do capitão Luisão), o trinco Matic (o único que temos), Salvio, Enzo Perez e Gaitán no meio campo e finalmente Rodrigo e Lima (que tem sido a dupla habitual desde a ausência de Cardozo (dizem que por lesão…).
Começa o jogo e … golo do Beira-Mar. Uma falha clamorosa do guarda-redes Artur durante a semana lamentava nos jornais nunca ser chamado para a seleção do Brasil… Ficou-se pelo Peru…
A perder 1-0 desde cedo era de esperar uma maior reação do Benfica, e verdade seja dita, o Benfica de Jorge Jesus tem muitas vezes deparado com esta situação, o estar a perder e depois dar a volta. Se por um lado é bom (o dar a volta), por outro é mau (o estar a perder), e um dia chegará em que a sorte nos será madrasta e lamentaremos a falta de concentração inicial…
E assim passou a primeira parte. Um Beira-Mar a justificar outra posição na Liga, e um Benfica demasiado previsível, lento, cansado e sem ideias. Um Benfica que tem sido demasiado presente esta época, valendo-lhe aqui e ali a qualidade de vários dos seus jogadores mas, mais uma vez, chegará o dia em que a sorte nos será madrasta…
Para culminar a primeira parte de erros, o penalty falhado por Rodrigo.
Mau demais.
Não sei o que Jorge Jesus disse aos jogadores ao intervalo, mas o Benfica que apareceu para a segunda parte era uma equipa diferente. Mais motivada, solta e menos cansada. E rapidamente em dois minutos deu a volta ao resultado. Primeiro Maxi Pereira de bicicleta (!!!) e depois Rodrigo numa excelente jogada com Lima (cuidado Cardozo…). Ambos a necessitar de motivação devido às últimas exibições menos conseguidas…
Estávamos com cerca de meia hora para jogar e pensei que o Benfica fosse arrancar para uma exibição mais conseguida e golos.
Puro engano...
Tirando um lance de Lima após os golos e um de Carlos Martins (o que se passa com ele ?) ao cair do pano, pouco mais foi visto. E o Beira-Mar ainda teve uma oportunidade que podia ter feito o empate.
Mais uma vez o que escrevi por aqui no início da temporada está a comprovar-se. O plantel é curto de opções, e mesmo as adaptações felizes de Melgarejo (outra boa exibição…) e de Enzo Perez (uns furos abaixo dos últimos jogos) não vão chegar para a Champions League e para a nossa Liga.
Depois temos jogadores completamente desmotivados e que são uma sombra das suas capacidades (Nolito, Carlos Martins, Bruno César…) e mesmo outros que são sempre regulares (como Maxi e Salvio) nem sempre conseguem fazer as exibições mais conseguidas…
No meio de tudo isto, ainda pergunto o que se passa com Ola John? Não pode ganhar forma no Benfica B ?
Se o Benfica conseguir chegar a Janeiro vivo (com as eleições pelo meio) na luta pelo título e com os oitavos da Champions (tudo vai depender do duplo confronto com o Spartak) acredito numa boa época (se vierem reforços em Janeiro claro está), senão a manta pode ser mesmo curta de demais… Com o Beira-Mar foi por pouco… e era o Beira-Mar…
No final do jogo ainda fizeram eco as declarações de Jorge Jesus a criticar a atítude do público. Dou-lhe toda a razão. O público Português é péssimo na sua maioria. Não se assobia a própria equipa durante o jogo. Não se passa o jogo sentado a comer pipocas. Não se abandona o Estádio do nosso Clube para ir a correr ver outros jogos na Sportv...
Gabamos tanto o ambiente do futebol inglês e não fazemos o mínimo para melhorar o nosso... é o fado Português tão bem explicado...
Eu gosto do Sá Pinto. E gostava de o rever no meu clube um dia que tenha ganho mais experiência como treinador. Agradeci-lhe alguns jogos-ganhos-pelo-mínimo-a-equipas-meh e os jogos com o City, e o ter chegado à falhadíssima final da taça. E agradeço. E foi giro ver um treinador ser tão aplaudido no estádio quando se ouvia o seu nome. Foi, coisas minhas. Mas agora já estou noutra. Até um dia.
O galo de quinta não me passou nem passará, é daqueles que serão para sempre um "e o Videoton??" seguidos de suspiros, asneiras ou risos (riscar o que não interessa). Já não é nada, é tudo mau, foi zero o que se viu.
Dos últimos jogos: com o Gil Vicente foi o alívio mas só momentaneo, fiquei à espera do que se seguia. E o que se seguiu foi mau. Eu não conto com jogos ganhos à partida, mas eu caia aqui redonda se pensei ver o Estoril Praia estar a ganhar por dois golos em Alvalade. E o que veio depois foi pior. E os dez minutos acordados já em fim de jogo já nem enjoam, irritam. Ainda pensei que agora o estar a perder estivesse a resultar. Paulo Sousa encarregou-se de me mostrar que não. Tázaqui, mene.
Continuo a gostar de André Martins, Izmailov, Capel, Insua, Carrillo e Rinaudo. Mas nenhum dos 5 é regular, e não chegam. Palavra de honra que continua a haver momentos em que 9 ficam só a ver o que um está a fazer.
No dragão com Oceano, seja, o que eu queria mesmo saber era dos convocados para amanhã e em blogs e nos jornais só se fala em quem vem treinar-me o grandamor. Não há convocados esta época, vai sempre tudo. Ou não, sei lá, estou meio perdida, como eles. *atira tudo ao ar*
Se há Estádio ao qual gosto de ir ver o Benfica é ao velhinho Mata Real. Acredito que não o entendam... Mas é a mais pura das verdades. E só lamento nunca ter lá ido enquanto aquela bancada amovível / permanente (cheia de cadeiras que magoam quem vê a bola de pé) não substituiu o velho peão (no Estoril ainda tive esse prazer)…”
Não sei do que gosto mais… Se ver o jogo num sector em que parece que as pessoas estão quase encavalitadas a ver o jogo, se a entrada onde apenas cabem duas pessoas lado a lado (em caso de acidente ou pânico havia de ser bonito…), se as redes, se a casa e o quintal junto à bandeirola de canto no sector visitante. Não estou a ser irónico… Adoro mesmo ir à Mata Real… “É tão mau…mas tão bom!”
Vamos ao jogo.
O Benfica surgia em Paços obrigado a ganhar. A jornada anterior tinha sido madrasta e dos 3 grandes (e a deslocação do Braga também era difícil, mas estou convencido que o destino do Vitória este ano é lutar para não descer de divisão) tinha o jogo mais complicado.
Em campo algumas surpresas. A titularidade “forçada” de Lima pela lesão de Cardozo (daquelas lesões que facilitam a vida aos treinadores…) e uma nova oportunidade (mais uma desperdiçada) para Nolito.
Sem grandes invenções e na tática habitual o Benfica entra logo num dos campos mais complicados da primeira Liga (e tire-se o chapéu ao Paços, já que é complicado para todos os grandes… e não apenas para alguns…) a perder, com um golo de Cicero na cara de Jardel. Isto depois da partida ter sido interrompida aos 3 minutos por falha no sistema de iluminação…
Depois da péssima exibição de Coimbra haveria pior início?
Felizmente, alguém no Benfica percebeu que se calhar até era boa ideia contratar um dos melhores avançados a jogar em Portugal no último dia do mercado e passados 2 minutos, Lima restabelece o empate numa jogada em que Enzo Perez marca um livre (mais uma boa exibição), Jardel (este novo Jardel…) cabeceia e o guarda redes do Paços falha… E quem falha assim em frente ao Lima… Sofre golo.
Com oito minutos jogados, pensei que o Benfica iria avançar para uma exibição mais solta e arrancar para um jogo mais tranquilo. Puro engano.
O futebol típico do Paços e a desinspiração de alguns jogadores do Benfica foram fazendo o resto, e foi sem surpresa que Jorge Jesus deixou no balneário Nolito (que pouco fez sem ser um passe bem medido para Sálvio) e apostou em Gaitan.
O Benfica entrou com outra atitude e outro futebol. Foi pressionando o Paços mas sem conseguir chegar à baliza. Jesus volta a mexer na equipa e a apostar tudo… Troca o trinco (Matic) por um médio mais ofensivo (Carlos Martins) e recua Enzo Perez (extremo, médio centro, e agora trinco…).
Cerca de cinco minutos depois o Benfica tem o prémio que merece. E Lima bisa após uma jogada de insistência de Maxi Pereira na área do Paços (a melhor coisa que fez em mais uma exibição muito pouco conseguida).
Com o Benfica a liderar o marcador, Jorge Jesus mostra aquela característica tão tradicional do treinador português: bora lá defender o resultado.
Sai avançado (Rodrigo) e entra trinco (André Almeida), acabando o Benfica com três médios centro (Perez, Almeida e Martins) e apenas um avançado.
No final do jogo, e mesmo já com fora de jogo assinalado, foi a vez de Artur brilhar e mostrar que entre os postes o Benfica está bem descansado.
Vitória merecida de uma equipa de soube procurar a sua sorte e teve atitude muito diferente da de Coimbra.
Destaque evidente para Lima, que podia ter marcado mais que 2 golos e que demonstra que um jogador feito e de qualidade raramente necessita de adaptação.
Saltemos da Mata Real e do futebol profundo para as noites de Gala da Liga dos Campeões no Estádio da Luz.
O “convidado” desta noite era a melhor equipa de futebol que alguma vez vi jogar (não me lembro do Brasil de 82 e o Barcelona de Cruyff e o Benfica do primeiro ano do Jesus não chegaram a este patamar…).
Alguns dizem que o futebol do Barcelona é chato e está a matar o jogo. Eu acho que o Barcelona está a ir buscar as raízes do jogo… O Barcelona joga o futebol como desporto coletivo, passa a bola entre quase todos os seus jogadores, joga em bloco, procura espaços e quase todos marcam golos. E depois tem Messi, que porventura já é neste momento o melhor jogador de todos os tempos (apenas lhe falta ganhar o Mundial no Brasil).
Casa cheia e o ambiente das noites europeias. Deu-me alguma confiança.
Jorge Jesus tentou surpreender a equipa adversária, e no onze colocou Bruno César de início (no lugar de Rodrigo) e manteve a aposta da segunda parte de Paços: Gaitan (é Liga dos Campeões e o Argentino é para valorizar).
A ideia pareceu boa quando o Bruno César rematou logo aos 3 minutos para uma defesa de Valdez. Procurar espaços e ter bons rematadores de longe.
Mas do outro lado está o Barcelona. E naquelas jogadas de playstation marcam golo. Cruzamento rasteiro de Messi do lado esquerdo e Alexis Sanchez na área a faturar.
O Benfica não se deixou abater e foi à procura da sorte. Poucos minutos depois, Lima tem uma boa oportunidade, mas não concretiza.
Depois foi o costume. O Carrossel do Barcelona e as outras equipas a correr atrás da bola (menos de 30% de posse de bola para o Benfica...)
O Benfica bem tentou dar a volta. Jesus trocou Bruno César por Carlos Martins ao intervalo. Se a exibição de Bruno César não tinha sido nada de assinalável, a de Carlos Martins foi talvez a pior que fez no Benfica, a fazer lembrar os seus tempos no lado de fora da Segunda Circular. Péssimo.
Sem surpresa, o Barcelona fez o 2-0 aos 56 minutos. Desta vez Fabregas. Mas o arquiteto foi novamente o mesmo: Messi.
Nova alteração no Benfica, com Aimar a entrar para o lugar de Enzo Perez (que ontem jogou melhor quando mais descaído…) e desde logo mostrou o seu habitual. Excelentes pés, bons passes, aquela “grinta” de ter a bola … mas nada mais… e esfumou-se em 15 minutos…
O rumo do jogo não se alterou e foi sem qualquer surpresa que o Benfica foi derrotado pelo Barcelona.
Queria destacar Matic pelo excelente jogo que vez frente ao melhor meio campo mundial e Melgarejo, nem tanto por ter feito um jogo espetacular (que não o foi… já que pareceu amarrado ao trabalho defensivo) mas por ter conseguido, em poucos jogos, que acabasse a conversa da defesa esquerdo. Tem as suas falhas, está em processo de aprendizagem mas a verdade é que tirando o jogo com o Braga, não foi mais por Melgarejo que as coisas não correram bem. E lembrem-se, está a fazer os primeiros jogos como lateral esquerdo na sua vida. Mérito da sua qualidade como futebolista e de Jorge Jesus.
E finalmente Jardel. Porque tem crescido de jogo para jogo, porque é um jogador humilde e trabalhador. E porque apesar da qualidade de Luisão, também não tem sido por Jardel que as coisas têm corrido mal.
Destaque negativo para a Luz. Era obrigatório apoiar mais o Benfica. Só demonstra que a maioria dos adeptos não foi à Luz para apoiar o seu clube mas apenas para ver o Barcelona jogar contra o Benfica. É sintomático do que se tornou o adepto do clube “grande”… Sintomático e sobretudo triste…Apesar do bonito gesto de aplaudir a saida de Puyol...
Foi no entanto com prazer que vi esta equipa defrontar o meu Benfica. É jogando contra os melhores que ficamos melhores, e no final do jogo não acredito que alguém tenha saído da Luz revoltado com os nossos rapazes (no geral...com o Martins podem estar) ou com o treinador.
Simplesmente foi frente aos melhores do Mundo e um extraterrestre…
Estou convencido que o nosso destino nesta Liga dos Campeões se vai traçar no duplo confronto com o Spartak de Moscovo. Quatro pontos dos seis possíveis deverão ser suficientes para encarar os dois jogos restantes (Celtic na Luz e a deslocação a Nou Camp) com confiança.
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