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"Players lose you games, not tactics. There's so much crap talked about tactics by people who barely know how to win at dominoes." - Brian Clough
Há dois destaques negativos logo no inicio desta crónica. O primeiro vai para a "parvoíce" que é jogar em casa com o equipamento secundário. É de mau gosto, é puro marketing, é uma idiotice. Não consigo entender num Benfiquista o apoio a esta decisão.
O segundo destaque, que tem sido recorrente, é para a ausência de público na Luz. O Benfica está em primeiro, está a disputar taco-a-taco com o FC Porto a liderança da nossa Liga, e o Estádio da Luz não consegue mais de 25.000 adeptos. Mesmo com as campanhas, mesmo com as “borlas”, mesmo com as castanhas, os matraquilhos e os posters. Eu sei que chovia, eu sei que há crise, mas num universo de 300.000 sócios (dizem) ? Se calhar deveríamos reduzir o Estádio da Luz para 35.000 pessoas…
E em relação às campanhas, e se querem realmente ajudar os sócios mais carenciados, que tal acabarem com o 13º mês de quotas para quem tem Red Pass? Isso sim, seria “premiar” os sócios mais assíduos, e não estas ações de cosmética…
Agora que já desabafei o que me desagradou, vamos ao jogo.
O Benfica entrou em campo frente a um desfalcado Olhanense (mas bem orientado por um bom treinador) um onze com algumas alterações. Mantendo-se fiel à sua filosofia, Jesus não mexeu na defesa. Apresentou Artur, a habitual dupla de centrais (Luisão e Garay) e voltou aos laterais “titulares”: Melgarejo e Maxi Pereira. No meio campo o principal destaque é a inclusão de Carlos Martins (em vez de Enzo Perez) . De resto o habitual, com Ola John e Salvio nas alas e Matic (mais um grande jogo) na posição “6”. No ataque, mais uma alteração: Rodrigo e Cardozo.
Começámos em toada ofensiva e cedo se percebeu que muito dificilmente o Olhanense poderia criar uma surpresa no Estádio da Luz. No entando, e apesar dos diversos cantos e remates perigosos nos primeiros minutos, foi preciso um penalty aos 26 minutos (“gravata” a Maxi Pereira) para o Benfica conseguir quebrar a defesa do Olhanense. Golo do suspeito do costume: Oscar Cardozo.
Apenas já quase sobre o intervalo o Benfica voltou a “cheirar” o golo. Um excelente centro de Ola John e Rodrigo (fraca exibição) a obrigar o guardião Olhanense a excelente defesa.
A segunda parte nada de novo trouxe. O Benfica em serviços mínimos e um Olhanense a tentar espreitar o contra-ataque.
A dupla substituição aos 68 minutos (Enzo Perez e Lima por Carlos Martins e Rodrigo) sortiu efeito pouco depois e num canto marcado por Perez, o guardião do Olhanense fica a meio caminho e Luisão marca de cabeça o segundo do Benfica (a compensar um erro infantil em que criou perigo para a baliza do Benfica).
História do jogo arrumada. Apenas para contar a substituição quase no final do jogo de Maxi por André Almeida.
Gostei mais uma vez do jogo de Ola John. Não vejo ninguém a cruzar assim em Portugal desde…Drulovic. Tem apenas 19 anos e pode ser um caso muito sério. Gostei também de Carlos Martins. Muito bom jogo. Nada egoísta e a mostrar o Martins da pré-época. No Olhanense, Djaniny e José Luis Fernandez demonstraram porque não tinham lugar no plantel do Benfica. O primeiro foi titular e nem um remate me lembro de o ver fazer…
Seguem-se dois jogos que podem definir uma época: Barcelona em Nou Camp e o sempre apetecido Derby em Alvalade. O segundo, para mim, muito mais importante que o primeiro.
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