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"Players lose you games, not tactics. There's so much crap talked about tactics by people who barely know how to win at dominoes." - Brian Clough
O ambiente era claramente de ano novo vida nova. Uma pessoa - ou vários adeptos - ganham uma capacidade de se regenerar ano após ano e, duvidas houvesse, estes últimos 4, 5 anos são prova disso. Este último, senhores, este último é a grande, enorme prova disso. Não eram só pessoas que nunca foram a Alvalade que ali estavam, pelo contrário, muitos de nós eramos os mesmos de sempre, a começar de novo mais uma vez. Tenho para mim que se uma pessoa vai ao fundo com o clube também quer estar no regresso ao topo e então volta sempre. Ou isso, ou é amor, mas se calhar não entrávamos por aí.
Há euforia? Meh, há felicidade com este jogo, sim. Não se viam 5 golos ali desde o Horsens há quase um ano, o campeonato (em casa) passado começou com uma derrota com o Rio Ave - lembro-me bem de gelar no meu lugar e pensar "não, outra vez não", e de facto não foi outra vez, foi bem pior -, mudou (espera-se) a tendência da direcção, o Sporting voltou a ser mais dos sócios, o jogo era de tarde, estava sol e calor, e pedia-se festa uma vez pelo menos (pede-se mais, mas vamos com calma). Isto tudo junto e misturado dá alegria, sim.
E depois há o alívio de ver a equipa a jogar melhor, meu Deus, há meses celebrei um passe bem feito tal a vontade de ver alguma coisa decente. Juro, 8 mil em Alvalade, passe de Cedric para Capel e ouviram-se "woohoos" e "leva-a agora". Deu para tudo, enfim. Por isso, sim, tinha vontade de ver um jogo como deve ser e de ver, desculpem-me a simplicidade e a fraqueza, golos. Eu até sou por um sólido 2-0, ou mesmo um, desde que renhido, 1-0, mas também me sabe bem ver mais, não sou esquisita com as vitórias da minha equipa.
Continuamos a gostar de Carrillo-se-ele-tiver-juizinho e Capel. Apreciamos Montero e sua coxa e os miúdos de volta a casa ou subidos à equipa A. Mauricio, Mauricio quero muito que seja um central como deve ser. Sobre Marcelo e Patrício falei aqui e por agora ficamos assim. Contentes, mas à espera de confirmar se se joga bem daqui para a frente. Para a semana Coimbra e eu sou de um clube que tem sido esquizofrénico, não sei o que pode vir por aí, mas acredito sempre. Detesto ter de ter estas cautelas, mas tenho. Por agora deixem-me ter ficado feliz com o jogo com o Arouca.
Não gosto destes resultados.
Não gosto dos sete pontos em oito jogos. E vi voar demasiados in loco.
Não gosto do 13º lugar.
Não gosto do um mata outro esfola diário.
Não gosto da desunião, da exaltação, da nervoseira. Mas percebo-os.
Não gosto dos anúncios "amanhã é que é", dos títulos "tudo acontece ao leão". Tudo me soa a gozo.
Não gosto das danças de treinadores, mas estou com o que chega, sempre.
Não gosto muito desta defesa que tarda a voltar à baliza, mas dispenso que me falem em Polga.
Não gosto de ainda amuar com uma derrota, e ficar neura a um domingo à noite, ao 7º jogo sem ganhar.
Não gosto de palpites sobre a minha escolha de clube. Sou porque quero, sim. É essa a ideia, digo eu.
Gosto do Capel da época passada.
Gosto do Carrillo convocado.
Gosto de Patrício. Gosto de Marcelo.
Gosto de Schaars e em dias alternados, do Adrien.
Gosto do Rinaudo.
Gosto do Insua.
Gosto de ver os jogos entre os meus.
Gosto de ir ao estádio.
Gosto do Sporting.
O que dizem os meus olhos? Nunca vi isto antes. Não estou a gostar da experiência. Mais ou menos isto.
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