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"Players lose you games, not tactics. There's so much crap talked about tactics by people who barely know how to win at dominoes." - Brian Clough
No decorrer da passada semana visualizava com interesse um programa na BenficaTV que falava acerca do DVD de “carreira” do Ryan Giggs em que a dado momento o entrevistador lhe pergunta que tipo de relação tem o Giggs com o novo treinador do Manchester United Van Gaal. Entre outras coisas o Giggs diz o seguinte “dou-lhe alguns conselhos com a experiência que tenho desta Liga, por exemplo há jogadores que marcam sempre contra determinadas equipas”. Não sei se o texto é exactamente este mas o teor é. E com isso lembrei-me automaticamente do Lima na noite de ontem. O Lima marca ao Porto. Foi assim pelo Braga e tem sido assim pelo Benfica.
Na passada semana fiquei entusiasmado com a possibilidade do Lima estar no “banco” no Dragão. Iria jogar o Jonas. Estava a fazer melhor época, estava motivado e o Lima falhava golos atrás de golos. Com o Belenenses teve daqueles lances que até eu marcava. Ontem sai o 11 e foi a minha principal surpresa. Minha e de todos. Menos de quem sabe. Quem treina o Benfica diariamente. Por isso o Jesus está no Banco do Benfica e eu estou aqui a escrever estas coisas. É a grande diferença. Uns sabem, outro opinam. A vida resumida.
Ontem no Dragão o Benfica teve a sorte do jogo. Fez os 2 golos em alturas cruciais, viu bolas a bater nos ferros, teve um lateral amarelado aos 5 minutos, teve um Samaris a fazer um jogão, Talisca e Gaitan sublimes e um Júlio César a mostrar porque foi um dos grandes guarda-redes do futebol europeu nos últimos anos.
Correu tudo bem. As forças inverteram o jogo tacticamente perfeito que caiu ao minuto 92 com a “chouriçada” de um tal de Kelvin.
Mais uma vez o Benfica volta a triunfar no estádio do FC Porto por 2-0 com um jogador a bisar. Uma das vezes deu título, a outra não. Esperemos que seja a primeira opção. 6 Pontos de vantagem são bons mas não suficientes para o que ai vem. Acreditar até ao fim e gerir jogo a jogo. A falta de pressão europeia pode ajudar.
O que faltou? Apenas ter marcado presença física no Estádio, mas quando nos sentamos à mesma mesa com a quase totalidade dos melhores amigos destas andanças de bola e se festeja com abraços como no estádio não se pode pedir tudo.
Um dia feliz.
1) O resultado aceita-se perfeitamente. Se foi bom ou mau para qualquer dos clubes só lá mais para a frente se verá…
2) Apesar de não estar absolutamente cheio, o Estádio da Luz teve mais de 60.000 espectadores. De louvar em época de crise…
3) Se o Jesus fala mal é bronco…se fala bem é porque vai para o Porto. Teve uma boa análise do jogo e um comportamento elevado e de quem percebe de futebol…
4) Eu acho que o Jesus vai para o Porto…
5) Eu acho que o Vitor Pereira também acha (ou sabe isso) o que per si explica a alarve conferência de imprensa que promoveu na Luz…
6) Se o Vitor Pereira já sabia que o Benfica joga sempre da mesma maneira, ao afirmá-lo e ao não ganhar o jogo passou um atestado de inaptidão a si próprio..
7) Foi pertinente a questão de Pinto da Costa acerca do site da Liga anunciar vitória do Benfica por 3-2… Não percebi o seu descontentamento… certamente foi alguém do Sporting (ou do Arsenal como o outro jornalista) a colocar os dados online. Não estaria a ver o jogo. Não era do Benfica.
8) O Ismaylov é de um carácter execrável…
9) O Maxi deveria ter sido expulso…e o Moutinho também…
10) O Artur anda a comer gelados com a testa…
11) Em vez de Aimar (ou Martins) deveria ser André Gomes a entrar…
12) Porque não convocaste o André Gomes, Jesus?
13) De acordo que o João Ferreira não é o melhor árbitro nacional…mas já vi o melhor árbitro Mundial validar um golo fora de jogo no mesmo palco e com os mesmos protagonistas…E agora?
14) No final disto tudo quem goleou foi o Vieira com a tirada de “apenas os burros falam de arbitragem”… Mas como é o Vieira não é a “fina ironia”…
Em Coimbra já há Jorge Sousa... e o Burro sou eu?
A última semana trouxe dois jogos importantes para o meu Porto e que, felizmente, resultaram em duas vitórias. Primeiro, para a Liga dos Campeões, contra o novo-rico PSG, e, depois, contra o antigo grande sporting (perdoem-me os sportinguistas, mas, a nível de resultados, o sporting não é merecedor do título de "grande").
Quarta-feira, à hora dos campeões, o Dragão recebeu o PSG de Ibrahimovic, Pastore, Thiago Silva, Lavezzi e companhia, para um jogo que punha frente-a-frente os dois grandes candidatos ao primeiro lugar do grupo. Para mim, o grande ponto de interesse prendia-se com a resposta da equipa perante o primeiro grande jogo sem Hulk que, até aqui, era o nosso grande desequilibrador e, não raras vezes, carregava a equipa às costas. Contudo, a equipa esteve à altura dos acontecimentos, não acusou a ausência do agora jogador do Zenit e venceu com toda a justiça um PSG que pouco arriscou, apesar de ter tido duas boas oportunidades para inaugurar o marcador, ainda na primeira parte. Já perto do final, James Rodriguez, que cada vez mais assume o papel de grande figura da equipa, decidiu o jogo com um golo revestido de classe pura. Agora, com seis pontos nas duas primeiras jornadas, o Porto tem tudo para seguir em frente para os oitavos-de-final da mais importante competição da UEFA. Seria ainda importante assegurar o primeiro lugar do grupo, o que nos daria mais hipóteses de evitar, logo na primeira ronda da fase a eliminar, um tubarão como Real Madrid ou Barcelona.
Quatro dias depois, numa hora estúpida (jogar num Domingo, às 20:45, obriga os adeptos que viajam de Lisboa - portistas ou sportinguistas - a chegarem a casa a poucas horas da hora do trabalho ou das aulas), Porto e sporting enfrentaram-se para um clássico, que, à partida, era quase consensualmente considerado desnivelado, já que um Porto moralizado por uma importante vitória europeia recebia um sporting destroçado por uma humilhante derrota perante um clube húngaro totalmente desconhecido, o que levou mesmo ao despedimento do seu treinador. Ora, o resultado foi um jogo fraco, já que, de um lado, tivemos um sporting muito faltoso e pouco disposto a contestar a vitória portista e um Porto algo displicente, talvez um pouco cansado e que jogou q.b. para derrotar o seu rival. No final do jogo, assistimos às habituais queixas e lamúrias em relação à arbitragem por parte dos jogadores e dirigentes de alvalade. Trata-se, como já se sabe, da velha táctica de sacudir a água do capote e responsabilizar os àrbitros por falhas e competências próprias. Por estas e por outras é que o sporting vai firme e confiante em direcção ao abismo, mas isso já são contas de outro rosário.
No rescaldo da semana que passou, e que foi muito positiva para nós, falta ainda destacar o bom ambiente que se viveu no Dragão em ambos os jogos. Apesar de as assistências terem ficado aquém do esperado (a crise, que se sente com especial incidência no Norte, não perdoa), o público azul e branco foi indefectível no apoio à sua equipa, ao mesmo tempo que criou um clima adverso para os seus opositores e de pressão para a arbitragem. Nos jogos da Liga dos Campeões, já é normal que o anfiteatro do Dragão se transcenda, mas, nos últimos anos, em jogos contra o sporting, assisti a uma certa acomodação dos adeptos portistas, que cada vez sentem de forma menos fervorosa esta rivalidade. Mas, desta vez, senti o público do Dragão mais motivado e mais disposto a empurrar a sua equipa para a vitória, o que só pode ser encarado como uma óptima notícia.
Eu gosto do Sá Pinto. E gostava de o rever no meu clube um dia que tenha ganho mais experiência como treinador. Agradeci-lhe alguns jogos-ganhos-pelo-mínimo-a-equipas-meh e os jogos com o City, e o ter chegado à falhadíssima final da taça. E agradeço. E foi giro ver um treinador ser tão aplaudido no estádio quando se ouvia o seu nome. Foi, coisas minhas. Mas agora já estou noutra. Até um dia.
O galo de quinta não me passou nem passará, é daqueles que serão para sempre um "e o Videoton??" seguidos de suspiros, asneiras ou risos (riscar o que não interessa). Já não é nada, é tudo mau, foi zero o que se viu.
Dos últimos jogos: com o Gil Vicente foi o alívio mas só momentaneo, fiquei à espera do que se seguia. E o que se seguiu foi mau. Eu não conto com jogos ganhos à partida, mas eu caia aqui redonda se pensei ver o Estoril Praia estar a ganhar por dois golos em Alvalade. E o que veio depois foi pior. E os dez minutos acordados já em fim de jogo já nem enjoam, irritam. Ainda pensei que agora o estar a perder estivesse a resultar. Paulo Sousa encarregou-se de me mostrar que não. Tázaqui, mene.
Continuo a gostar de André Martins, Izmailov, Capel, Insua, Carrillo e Rinaudo. Mas nenhum dos 5 é regular, e não chegam. Palavra de honra que continua a haver momentos em que 9 ficam só a ver o que um está a fazer.
No dragão com Oceano, seja, o que eu queria mesmo saber era dos convocados para amanhã e em blogs e nos jornais só se fala em quem vem treinar-me o grandamor. Não há convocados esta época, vai sempre tudo. Ou não, sei lá, estou meio perdida, como eles. *atira tudo ao ar*
Há algumas horas, tudo me corria bem. Estava de férias, o sol brilhava e o Porto tinha conseguido manter todas as suas estrelas, depois de um atribulado mercado futebolístico, em que os jornais desportivos se fartaram de vender três ou quatro plantéis do meu clube. Só que, afinal, já nem a chegada de Setembro é sinal de descanso para os adeptos portugueses e, hoje, ao final da tarde, recebo em choque a notícia de que o Hulk tinha sido vendido ao zenit. Notícia que, confesso, não está a ser de fácil absorção.
É certo que os valores do negócio são de perder a cabeça, mesmo que cerca de um terço da soma paga pelos novos-ricos russos se perca em percentagens de terceiros e nas comissões destes e daqueles. É evidente que fazer um negócio deste calibre num período de crise económica e em que os bancos fecharam as torneiras para os clubes é um feito notável. Contudo, eu sou adepto de futebol, não sou contabilista. Prefiro títulos a euros e acho mais importante ter jogadores como o Incrível a jogar de azul e branco do que reduzir o passivo do clube. Podem achar que é irracional, mas eu prefiro pensar que é paixão de um adepto de futebol.
Com a partida de Hulk, o Porto (e o futebol português) perde o seu melhor jogador e talvez o único que decidia jogos sozinho. Quando o futebol a sério regressar (já agora, de quem é esta peregrina ideia de fazer o campeonato parar três semanas?), irei ao Dragão, mas um bocado menos motivado, pois sei que as probabilidades de ver momentos únicos serão muito mais reduzidas, agora que o jogador mais desiquilibrador que me lembro de ver jogar no Porto partiu de malas e bagagens para o frio de S. Petersburgo.
E pouco me consola a venda do Witsel, que representa a cereja no topo do bolo da política de transferências do clube do Ricardo, provavelmente a mais surreal de sempre de um grande português. Parece-me que o mestre da táctica quer passar a jogar com 5 extremos e 5 pontas-de-lança, mas de certeza que estou enganado e que o Matic e os míudos da B são mais que suficientes para segurar o meio-campo dos vermelhos.
Porém, com o mal dos outros (especialmente, com o mal destes outros) posso eu bem e não é isso que me vai fazer esquecer que, a partir de hoje, o Incrível vai deixar de jogar no meu grande clube. Já sei que me vão dizer que o Porto não é nenhum jogador e que já provámos que conseguimos manter-nos vitoriosos independentemente da saída de qualquer atleta. Tudo isso é verdade e talvez daqui a algum tempo eu possa pensar mais serenamente e concluir que, no fim de contas, a saída do Hulk foi benéfica para o Porto. Mas, neste momento, e a quente, a paixão de adepto ainda fala mais alto e não consigo deixar de achar que este foi um mau dia para o meu clube.
Ainda assim, as minhas últimas palavras têm de ser para o Hulk, que mostrou, em mais de quatro anos de Porto, ser um verdadeiro campeão: obrigado, Hulk! Já tenho saudades tuas...
P.S. - Hoje, em Lisboa e no Porto, de certeza que haverá muito boa gente a comer bife do lombo...
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